Nos últimos anos, o varejo brasileiro passou por significativas mudanças impulsionadas, principalmente, pelo avanço tecnológico. Com isso, a forma de consumir e comercializar produtos evoluiu para o patamar que hoje conhecemos como loja 4.0. Nesse cenário, as lojas físicas assimilam conceitos que eram comuns ao comércio eletrônico, mas que encontraram espaço nessa área.
No setor de alimentação, por exemplo, a digitalização vem se tornando uma presença constante. Desde as formas de pedir comida, por meio de aplicativos em smartphones, até os meios de pagamento, que utilizam recursos cada vez mais modernos.
Portanto, se você deseja renovar a sua loja e mostrar um diferencial competitivo para o mercado, continue a leitura!
O que é a loja 4.0?
A loja 4.0 é um novo modelo de lojas que veio como uma reinvenção do varejo. O objetivo é aliar o comércio à transformação digital, a fim de oferecer uma melhor experiência ao consumidor. Isso ocorre por meio do uso de novas tecnologias, que promovem um atendimento mais personalizado, rápido e efetivo.
Com a transformação digital, o público trouxe novas demandas ao varejo. Por isso, com a loja 4.0 é cada vez mais comum ver canais online e offline integrados, trabalhando em prol de um mesmo consumidor e fazendo com que a marca se posicione e solidifique de maneira mais sustentável e competitiva.
Com isso, o varejo consegue atender os clientes de forma diversificada. Essa é uma medida causada pelo crescimento do consumo online, que influencia as lojas físicas a adotarem estratégias semelhantes.
Uma prova disso é que, há poucos anos, a única forma de pedir delivery era realizando uma ligação para o estabelecimento e aguardando a entrega. Hoje, existem diversas opções de aplicativos que permitem personalizar os pedidos, escolher a forma de pagamento, consultar as etapas de preparo e acompanhar a entrega.
Tudo isso é possível devido à ampla utilização da internet e a conectividade entre compradores e as lojas. Como resultado, a qualidade do atendimento e os níveis de satisfação são aprimorados de forma significativa.
Esses são sinais de que a versão 4.0 desse segmento está se consolidando. Nesse cenário, os empreendedores devem estar preparados para modificar a sua relação com os clientes, compreendendo as suas necessidades e os seus hábitos de compras.
Como o varejo evoluiu até hoje?
Seguindo a tendência de outros setores da economia, como a Logística 4.0 e a Indústria 4.0, o varejo e as lojas chegaram à sua quarta geração. Mas antes de aprofundar nesse tópico, vamos rever quais eram os princípios das fases anteriores:
- loja 1.0: o principal foco era nos produtos comercializados, de modo que a estrutura da loja valorizava a sua exibição e as opções eram limitadas;
- loja 2.0: existe maior diversidade dos produtos disponíveis causada pelo foco em atender as necessidades do cliente. As primeiras lojas online começam a surgir e conquistar compradores;
- loja 3.0: a internet já faz parte do processo de compra de forma significativa. Esse é um cenário em que o consumo de massa já não é favorável, já que cada consumidor tem os próprios interesses e desejos.
É importante lembrar que a mudança de fase não necessariamente representa uma reformulação completa que exige o abandono de práticas antigas, mas, sim, um processo de evolução natural no qual técnicas mais modernas e abrangentes são empregadas.
Qual a diferença entre loja 4.0 e uma loja 3.0?
Para compreender as últimas mudanças no mercado, é fundamental analisar as inovações trazidas pela geração da loja 3.0. As diferenças mais visíveis têm relação com a forma de atendimento e interação do público com o estabelecimento. Por isso, o ambiente na loja 3.0 era desenvolvido para aumentar a conveniência durante as compras, tornando prateleiras e vitrines como elementos centrais.
O modelo de loja 3.0 tinha o foco em oferecer produtos capazes de motivar o consumidor a adquiri-los. Para isso, alguns atributos eram inseridos, como fatores socioambientais ou preço. No entanto, o modelo de loja não colocava a experiência do consumidor como prioridade, mas, sim, instigava o consumo.
Já no modelo de loja 4.0, a conveniência se torna item básico. Aqui, o foco é a melhor experiência do consumidor, que continua sendo trabalhada por meio do atendimento, conveniência e diversidade de produtos, mas conta com a tecnologia como forte aliada nesse processo.
Como aplicar a loja 4.0 em uma loja de conveniência?
O Grab & Go, em tradução livre, significa “pegue e leve”. São modelos de produtos prontos, em que o consumidor escolhe, paga e consome. Esse tipo de produto se relaciona diretamente com as lojas de conveniência, que propõem um atendimento rápido e satisfatório, e são apteis para lojas 4.0. No entanto, algumas mudanças devem ser adotadas a fim de melhorar, ainda mais, a experiência do consumidor.
Invista em novas tecnologias
Novas tecnologias devem ser adotadas para que a loja de conveniência se molde no modelo de uma loja 4.0. Isso com o propósito de oferecer melhores experiências capazes de fidelizar o consumidor.
Uma dessas propostas tecnológicas é a possibilidade do autoatendimento, em que o consumidor escolhe o produto, efetua o pagamento e sai da loja. Essa tendência ainda é tímida no país e gera dúvidas nos varejistas, mas ganha adeptos em todo país pela sua comodidade.
Uma alternativa do autoatendimento é por meio da disposição de totens, em que o consumidor pode fazer o seu pedido. Uma vantagem desse recurso é a descrição em diferentes idiomas, o que amplia o leque de consumidores que podem ser atendidos — ideal para lojas que recebem um grande número de turistas.
A tecnologia wearable também é uma tendência apresentada pela transformação digital. Trata-se de dispositivos móveis que podem ser utilizados pelos usuários em forma de vestuário. Um relógio de pulso, por exemplo, pode cumprir o papel de um cartão de crédito — ao varejo, cabe adotar os devidos recursos que atendam esses diferentes meios de pagamento.
Busque antecipar as tendências de consumo
Ainda que pareça clichê, entender o desejo do público é a palavra-chave para antecipar tendências de consumo. Ao fazer esse estudo de comportamento e observar ações, a loja 4.0 consegue alcançar as expectativas de consumo.
Essa segmentação pode englobar opções como refeições veganas, alimentos sem lactose ou lanches rápidos. Tal inovação é muito valorizada pelos clientes, pois constitui um serviço que preza pela agilidade dessa transação.
Foque na experiência do cliente
Além de atender uma necessidade do público consumidor, as empresas que atuam no ramo de alimentos devem se perguntar como é possível agregar ainda mais valor à experiência do cliente. As principais falhas em relação ao contato com os compradores é a falta de personalização do atendimento.
A utilização de sistemas que coletam os dados dos clientes é essencial para essa tarefa. Sistemas de CRM, por exemplo, são responsáveis pela criação de bancos de dados que contribuam para a coleta e processamento de informações que descrevem:
- o perfil do cliente;
- a frequência de compras;
- o histórico de produtos adquiridos;
- o ticket médio do estabelecimento.
Essa medida ajudará a aumentar a taxa de conversão com base na efetividade para a recomendação de ofertas. Isso ocorre porque o consumidor não busca apenas adquirir produtos, mas sentir que as suas escolhas refletem os seus interesses.
A coleta de dados pode, até mesmo, incentivar na integração entre canais online e offline. Você pode disparar cupons de descontos para seus clientes ou notificá-los acerca de promoções e novidades da loja.
Inovação é a palavra-chave para conquistar novos clientes e oferecer uma experiência marcante. Na atualidade, a relação entre consumidores e marcas é definida pela conectividade. Se um cliente tem um comentário sobre a empresa, existem diversos canais de comunicação, sendo que o mais abrangente deles são as redes sociais.
O conceito da loja 4.0 não pode existir sem a adoção de tecnologias digitais acessíveis. Com elas, sua empresa obterá a redução dos custos operacionais e se destacará na mente do consumidor como uma referência em inovação.
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