A gestão de restaurante é uma atividade complexa que exige muita dedicação, tanto dos gestores quanto da equipe. É preciso focar no atendimento ao cliente, na movimentação que acontece na cozinha, na negociação com fornecedores e garantir a qualidade dos alimentos adquiridos.
Todos esses fatores consomem muita energia e tempo do empreendedor, que muitas vezes assume a responsabilidade de chefiar a cozinha e administrar o negócio. Essa situação propicia o surgimento de problemas causados por falhas que poderiam ser evitadas ou solucionadas rapidamente.
Para evitar que o seu negócio enfrente desafios desse tipo, listamos os erros mais comuns e recomendamos soluções que podem ser implantadas de forma simples. Continue lendo e saiba mais!
1. Não prestar atenção aos detalhes
Em um cotidiano corrido e cheio de obrigações, é natural que alguns detalhes da gestão escapem e fiquem em segundo plano. Porém, o problema começa quando os frequentadores percebem possíveis falhas e verbalizam sua insatisfação. Por exemplo, se há demora no atendimento telefônico para fazer reservas, é provável que o cliente vá procurar outro estabelecimento.
Em muitos casos, há somente uma chance de causar uma primeira impressão favorável. Por isso, é recomendado cuidar de detalhes simples, como a higiene de pratos e talheres, apresentação dos alimentos e tempo de atendimento, mesmo em horário de pico.
2. Ter pouca flexibilidade na gestão de restaurantes
Uma das tendências mais relevantes no segmento alimentício é a capacidade de acomodar clientes com restrições alimentares, seja por uma questão de saúde, dietas específicas ou preferências particulares. Alguns fregueses podem requisitar que certos ingredientes sejam removidos, e o restaurante deve ser capaz de lidar com essa demanda.
A melhor solução nesse momento é adotar uma postura que demonstre disponibilidade para atender. Por isso, é preciso treinar a equipe para que tanto garçons quanto cozinheiros estejam preparados para realizar os devidos ajustes e entregar o pedido corretamente. É fundamental saber lidar com as reclamações dos clientes e resolver imediatamente o problema.
3. Adquirir produtos de qualidade inferior
Desde lanchonetes até restaurantes de luxo, o objetivo é servir alimentos saborosos e de qualidade. Para isso, os ingredientes que abastecem a cozinha devem refletir esse objetivo. O que acontece, na prática, é que o profissional responsável pelas compras pode pensar antes nos custos, enquanto o chefe exige qualidade.
Uma gestão eficiente de fornecedores vai permitir aquisições de produtos de forma mais ordenada e com segurança.
Em um cenário contraditório, é preciso equilibrar as necessidades das duas áreas para não comprometer o desempenho financeiro, prevenir desperdício de alimentos e evitar a insatisfação dos clientes. Por outro lado, se a estratégia do seu negócio é oferecer pratos mais bem elaborados, os custos devem ser assimilados porque vão interferir na política de preços.
4. Contratar colaboradores despreparados
A cozinha e o atendimento do salão são partes vitais de um negócio. O primeiro por lidar diretamente com os pratos que são servidos e o segundo pelo contato com a clientela, representando o estabelecimento. Para evitar problemas com a organização na cozinha e insatisfação dos clientes, é importante realizar um bom trabalho de recursos humanos. Alguns aspectos que merecem cuidado:
- conscientizar a equipe sobre a cultura organizacional;
- contratar profissionais habilitados e com experiência;
- capacitar sobre a postura adequada no ambiente de trabalho;
- instituir treinamentos sobre segurança e manuseio de equipamentos;
- manter garçons bem preparados e informados sobre todos os itens do cardápio;
- dimensionar o tamanho da equipe para não sobrecarregar os colaboradores.
5. Não investir em delivery e em embalagens adequadas
A falta de opções de delivery pode ser um grande erro cometido por alguns perfis de restaurantes. Isso porque existem lanches que podem tanto ser consumidos no próprio estabelecimento quanto serem entregues diretamente onde o cliente está. Com isso, é possível alcançar mais pessoas, melhorando a satisfação do público.
O investimento em embalagens adequadas para o transporte dos alimentos é essencial para assegurar a qualidade e segurança no processo. Ainda, o restaurante pode disponibilizar uma central de atendimento — tanto por aplicativos e telefone quanto pelas redes sociais — para registrar os pedidos dos clientes com agilidade e eficiência.
6. Não aliar a gestão de restaurantes à tecnologia
Há gestores que preferem utilizar os modelos de administração de negócio mais tradicionais, na base do papel e caneta. Não que essa forma seja considerada errada, mas é muito ultrapassada. A tecnologia atual permite gerir com mais praticidade e com menos esforços, contando com diversos benefícios para o restaurante.
Os recursos que os avanços tecnológicos proporcionam auxiliam os restaurantes a evitarem erros de cálculos, além de automatizarem diversos processos. Entre esses benefícios, estão as comandas eletrônicas e os programas de fluxo de caixa, que asseguram mais agilidade durante o atendimento e com menores margens de erros e fraudes.
O restaurante também pode implementar cardápios digitais que podem ser atualizados constantemente, reduzindo os custos com gráficas. Além disso, o setor de delivery via aplicativos vem crescendo constantemente no mercado, e por isso, pode ser um grande diferencial para o negócio.
7. Deixar de investir em marketing
A falta de investimento em marketing, seja no modelo tradicional ou digital, é extremamente prejudicial para o negócio. Uma gestão de restaurante que preze pelo sucesso deve aplicar recursos em maneiras eficazes de expandir a visibilidade local do negócio.
O marketing digital é uma ótima opção para conquistar novos públicos e alcançar as pessoas pela internet. As redes sociais podem ser grandes aliadas nesse processo, como o Facebook ou Instagram. Nesses canais, é possível divulgar conteúdos relevantes aos clientes, anunciar promoções e compartilhar o cardápio. Elas contam, ainda, com ferramentas que permitem segmentar os anúncios, direcionando-os para o público ideal do restaurante e otimizando a visibilidade do estabelecimento.
8. Não dar importância para a lei e a vigilância sanitária
A gestão de restaurante também tem a ver com a higiene do local. Manter o estabelecimento constantemente limpo e higienizado é essencial para garantir a qualidade dos alimentos e sem a contaminação de micróbios e outros agentes prejudiciais à saúde.
Portanto, é preciso criar uma dinâmica que possibilite monitorar a limpeza do lugar. Por isso, é preciso ficar atento sobre as normas relacionadas à disposição das mesas e dos lavatórios. Além disso, saber o que diz as leis sobre área de fumantes, por exemplo, pode ajudar a evitar multas e punições desnecessárias.
Outro detalhe importante que os restaurantes que oferecem refeições com opções vegetarianas e veganas devem ficar atentos é em relação à contaminação cruzada. Nesse caso, pode ser preciso uma cozinha especializada. Assim, é possível prevenir que os alimentos se contaminem por meio de utensílios de cozinha que entraram em contato com carnes ou outros produtos que não encaixam nas dietas veganas.
Pequenos bares e restaurantes com ambientação luxuosa têm uma coisa em comum: as necessidades dos clientes. Nos casos em que uma refeição rápida é ideal, compensa viabilizar a opção de delivery. Em outros, a fama dos pratos é o maior atrativo, então, esse deve ser o direcionamento de marketing.
A gestão de restaurantes tem espaço para novidades, soluções criativas e inovações para fomentar o seu crescimento. Sendo assim, identifique aquela característica diferenciada e faça dela o seu principal destaque.
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