Os food trucks, que até pouco tempo atrás eram considerados uma grande novidade, hoje, cedem a vez para outra tendência: Food hall. Food hall é uma tendência que tem tudo para dar certo, pois reúne, em um mesmo local, estabelecimentos de diversos chefs. Food hall é uma experiência, um lugar para sair com amigos.
Claro que no momento, com o distanciamento social, o food hall não está sendo viável. O fato é que, assim que a vacina for distribuída e as pessoas voltarem ao convívio social mais intenso, o food hall virá com força.
Quer saber mais sobre esta tendência? Então, continue a leitura e conheça mais sobre esse novo conceito em food service.
O que é “food hall”
O termo “food hall” tem suas raízes no Reino Unido, onde é usado para descrever uma seção de uma loja de departamentos onde os alimentos são vendidos.
O “food hall” ou mercado gastronômico, no entanto, é diferente da típica praça de alimentação de shopping centers repleta de franquias de fast food. O conceito de food hall gira mais em torno de conceitos artesanais ou de cozinha autoral.
Ao contrário das praças de alimentação de shoppings, os “food halls” são estabelecimentos que requerem uma localização privilegiada na cidade. Pontos comerciais espaçosos, que no passado podem ter sido fábricas, grandes lojas ou armazéns também combinam com o conceito.
Imagine um espaço bem projetado e bonito, aconchegante e que abrigue pessoas de diversos gostos para saborearem suas refeições. Sim, estamos falando de “food hall” e tem tudo para dar certo aqui no Brasil.
No Brasil, este conceito é bem novo e vem surgindo em bairros finos ou cidades do interior, como por exemplo, em São José dos Campos.
O surgimento da pandemia de COVID-19 interrompeu esse fenômeno, que por certo, vai ressurgir assim que as medidas restritivas sejam revogadas.
Vantagens para os clientes
Para os clientes, o apelo de um mercado gastronômico é bastante simples. Com que frequência você tem um grupo de pessoas que não sabe onde ir para comer? Com um “food hall”, todos podem escolher entre uma variedade de comida e ainda ter uma refeição comunitária. Ou você pode experimentar cozinhas de vários fornecedores diferentes para criar sua própria refeição personalizada que seria difícil, se não impossível, para um único restaurante oferecer.
Os aspectos sociais e de experiência do jantar no “food hall” são especialmente atraentes para os millennials, que consideram o conceito atraente para seus estilos de vida.
“Parece que os jovens estão mais interessados em comida hoje em dia, especialmente com coisas como Instagram e Snapchat. A mídia social os expõe a novas tendências alimentares mais rapidamente. E o mercado gastronômico lhes permite experimentar essas tendências alimentares ”, diz Corso, proprietário da Corso Ventures, empresa que criou o Short North Food Hall em Columbus, Ohio., EUA.
Vantagens para “Restaurateurs“
É claro que “food halls” ou mercados gastronômicos trazem vantagens para donos de restaurantes. Para as empresas que ocupam um food hall, os benefícios podem ser ainda mais poderosos.
Como a área de jantar é um recurso compartilhado, nenhuma empresa precisa arcar sozinha com esses custos. Alguns “food halls” também fornecem os espaços de cozinha, a área de preparação e os sistemas de ponto de vendas, de modo que os custos iniciais são ainda mais reduzidos. Essa vantagem se assemelha com a “dark kitchen“, modelo cujo intuito é compartilhar recursos para atender no delivery.
Alguns mercados gastronômicos simplesmente alugam espaço para donos de restaurantes e, em seguida, cabe à eles cobrir muitos desses custos iniciais. Mas mesmo assim, o custo típico de criar uma presença em um “food hall” é muito menor do que o lançamento de um restaurante tradicional.
Dentro deste conceito, também é possível implantar o delivery. Assim, ao mesmo tempo que o restaurante tem presença no food hall, dali poderá sair entregas para o delivery. A boa localização com certeza contribui para isto, bastando ter uma solução em embalagem específica para este fim.
Outro ponto positivo é o tráfego compartilhado que permite que conceitos de culinária de nicho bem diferentes prosperem de uma maneira que seria difícil, se não impossível, em um restaurante autônomo.
“Food halls” estavam surgindo em todos os EUA antes da pandemia. As cidades se renderam aos benefícios de ter um local de jantar de destino que pode servir de âncora para outras atrações, como teatros, centros esportivos, distritos comerciais e muito mais.
O futuro das food halls
Como o conceito de food hall é novo aqui no Brasil, é certo que muitas adaptações possam ser feitas para atender ao público brasileiro. Porém, os benefícios gerados tanto para clientes quanto para donos de restaurantes indicam que esses mercados gastronômicos poderão invadir a cidade.
A ideia é que os “food halls” se instalem em espaços amplos, permitindo boa circulação, inclusive em espaços abertos. Espera-se uma adaptação do food hall que surgiu antes do coronavírus, alinhando-se aos novos cuidados e receios das pessoas gerados com a pandemia.
Afinal, reunir-se com amigos e familiares nunca vai sair de moda. Espaços compartilhados e bem planejados poderão proporcionar experiências tão desejadas ao público depois de meses de privação social.
E você, o que pensa sobre food halls? Você acredita que, reunir alguns amigos e explorar tudo o que os salões de culinária têm a oferecer é uma boa dica? Comente suas ideias.